Na Praça Domingos Giovanetti, nas Graças há uma placa onde se lê "Fé no futuro". A frase foi colocada em setembro de 2005 pelo Instituto Capibaribe em frente a um lindo exemplar da espécie Adansonia Digitata, árvore africana conhecida por nós como baobá. Naquele ano, a escola completava meio século de existência e ganhou uma muda do Sr. Ernani Faria de Lemos, pai da ex-aluna Normanda Faria. O local é visitado, anualmente, pelos(as) estudades da escola.
Em 2015, comemorando 60 anos, o Instituto Capibaribe realizou seu passeio ciclístico anual pelas ruas do bairro. O ponto de partida foi a sede da escola, na Rua das Graças. Dezenas de adultos e crianças pedalaram até a praça e participaram da animada programação. As apresentações musicais realizadas pelos(as) estudantes utilizaram percussão e cordas para executar ritmos africanos criando um elo entre a bela árvore e sua origem. A oficina de dança criou uma coreografia especial para o dia. Também houve canto, brincadeiras e a rega da árvore. O passeio terminou com o tradicional banho de neblina, no pátio da escola.
Não é à toa que quem planta um baobá tem fé no futuro. Seu desenvolvimento leva anos, mas a árvore cresce de forma grandiosa alcançando grandes dimensões e atravessando muitas gerações. Estudos realizados em Moçambique, na África, estimam que a planta possa chegar a 2 mil anos. Chega a atingir alturas de 5 a 30m. Alcança até 7m de diâmetro do tronco que fica tão largo que daria para umas cem pessoas adultas fazerem uma roda para poder contorna-lo.
Outra característica do Baobá é o tronco oco, no qual a planta acumula água, podendo atingir até 120.000 litros. Isso é de extrema importância para alguns povos africanos nos períodos de estiagem, e também para os viajantes que abrem um buraco no caule, bebem a água, e depois o tampam com a própria casca da árvore. Quando a água seca, o interior da planta fica oco e passa a servir como casa para os bichos e até para pessoas, conforme relatos contidos na literatura africana. Conta-se que o baobá foi a primeira árvore que Deus criou. Muitas narrativas africanas estão relacionada à arvore, inclusive o próprio ato de contar histórias embaixo de um baobá.
Pernambuco é um dos estados brasileiros que mais cultiva a planta, considerada sagrada por religiosos africanos. Acredita-se que já existam cerca de 150 exemplares dos quais, a maioria está concentrada no Recife. O certo é que o baobá, embondeiro, imbondeiro ou calabaceira, possui oito espécimes catalogadas, é a árvore nacional de Madagascar (costa sudetes da África) e o emblema nacional do Senegal. É uma espécie trouxe consigo mais uma forte ligação do Brasil com o continente africano e seu povo.
Veja as fotos passeio ciclístico em https://www.flickr.com/photos/institutocapibaribe/page4.
Referências
http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar./index.php?option=com_content&view=article&id=477&Itemid=181
http://educandoesemeando.blogspot.com.br/p/historia-do-baoba.html
http://www.umpedeque.com.br/bkp/site_umpedeque/arvore.php?id=694