Caras Famílias,
O Instituto Capibaribe, em seus 61 anos, vem efetivando uma educação pautada na formação humana integral. Nossa busca é desenvolver o olhar múltiplo e crítico na diversidade de vivências, saberes e relações socioafetivas. Sendo assim, as artes, a filosofia e a educação física estão presentes como disciplinas fundamentais para a consciência sobre si e o outro, em suas subjetividades, contextos e corporalidades.
Ao acreditar nessa educação, vamos ao longo de nossa trajetória, construindo uma rede de saberes em que dialoguem a simplicidade e a complexidade. Entendemos que não somos apenas o que aprendemos em fragmentos (ciências, história, geografia, inglês, artes visuais, língua portuguesa, matemática, filosofia, música, dança, teatro, física, química, biologia, educação física), somos junções e misturas de todos esses fragmentos para, assim, resultar em nossa singularidade.
O cotidiano escolar vai além da língua materna e dos números. Ele se faz pela experiência significativa em que os aspectos afetivos, físicos, éticos e sociais são vivenciados e compartilhados. Esse cotidiano não se resume às salas de aulas, mas acontece nas brincadeiras, nas pesquisas, nos enfrentamentos, nas dúvidas, nos acordos, nas amizades e estranhezas, por todo ambiente escolar. No Instituto Capibaribe, isso se dá das bancas ao pátio das mangueiras, do bom dia à saída da troça, dos jogos participativos aos banhos de neblina, das semanas de artes às festas juninas, da merenda coletiva ao baobá.
Portanto, é com preocupação que estamos acompanhando a reforma do Ensino Médio que vem sendo anunciada pelo Ministério da Educação. É importante que, não apenas nós que trabalhamos na educação, mas a sociedade, como protagonista primordial, atente para esse projeto educacional que, entre outras proposições, sinaliza o esvaziamento de uma educação que atenda ao universo plural do sujeito, em prol de uma educação focada numa hierarquia de conhecimentos específicos.
Nossa intenção é esclarecer que temos um posicionamento e o compromisso com essa educação plural, crítica e, assim, libertadora, norte do nosso fazer escola, e, dentro desse universo, iremos nos manter atentos e fortes.
Equipe do Instituto Capibaribe
26/09/16